Publicidade Local

Existe vida após os 30?

Por Bianca Rosa, advogada e escritora, com orientação do professor  Doutor Delton Mendes lino, Diretor da Casa da Ciência e da Cultura de Barbacena, Diretor do Instituto Curupira e autor de livros.

Ah, os 30… essa encruzilhada da vida que, para alguns, soa como um apocalipse geriátrico e para outros, como o despertar para uma nova e promissora jornada. Confesso que, enquanto a data fatídica se aproximava, uma ponta de apreensão me cutucava. Seria o fim da espontaneidade? A aposentadoria precoce das noites em claro? O aporte carimbado para o clube dos “enta”?

Lembro-me de conversas com amigos na casa dos vinte e poucos, onde os trinta eram terra incógnita, um lugar habitado por seres misteriosos que trocavam baladas por boletos e paqueras por planilhas. Havia um certo tom de lamento divertido, como se atravessar essa barreira etária significasse pendurar as chuteiras da juventude.

E então, a temida marca foi alcançada. E o mundo? Bem, o mundo continuou girando. O espelho, para meu alívio (e talvez um pouco de decepção?), não revelou rugas profundas nem cabelos brancos da noite para o dia. As músicas que eu gostava não se tornaram automaticamente “música de velho”. E, surpreendentemente, a pizza na madrugada ainda tinha o seu charme.

Descobri que a vida após os 30 não é um declínio, mas sim uma metamorfose. A impulsividade juvenil cede espaço a uma certa dose de planejamento, não por obrigação, mas por uma crescente clareza de desejos. A busca incessante por validação externa se aquieta, dando lugar a uma aceitação mais gentil de quem se é.

As amizades se aprofundam, selecionadas a dedo pela afinidade e pelas histórias compartilhadas. As conversas ganham camadas, escapando da superficialidade dos flertes ageiros para mergulhar em projetos de vida, dilemas existenciais e a deliciosa arte de rir das próprias desventuras.

É claro que algumas coisas mudam. A ressaca pós-festa exige um dia inteiro de recuperação, e a ideia de virar a noite dançando já não parece tão apetitosa assim (a menos que seja em um casamento com open bar). Mas em compensação, há o prazer de construir uma rotina que faça sentido, de investir em projetos de longo prazo e de saborear a calma de um domingo à tarde sem a culpa de estar “perdendo” algo.

Existe vida após os 30? Ah, se existe! Uma vida talvez menos frenética, mas certamente mais consciente. Uma vida com menos “talvez” e mais “certezas” sobre o que realmente importa. Uma vida onde a juventude não se esvai, mas se transforma em uma bagagem de experiências que nos torna mais interessantes, mais resilientes e, quem sabe, até um pouco mais sábios.

Então, se você está se aproximando dessa marca ou já a ultraou, respire fundo e sorria. A festa continua, só que agora com um toque mais pessoal, com a trilha sonora que você escolheu e com a companhia daqueles que realmente valem a pena. A vida após os 30 não é o fim de nada, mas sim o começo de um novo e fascinante capítulo.

Apoio divulgação científica: Samara Autopeças e Anjus Tur – Turismo e Escolares.

Destaques do dia

O bebê que é fácil de ser cuidado

Maria Solange Lucindo Magno   Sou tomada por diferentes sentimentos como incredulidade, perplexidade e lendo tanto a respeito, talvez, de compaixão ao falar sobre esse

BORGES – EPCAR 76 anos

Uma cerimônia impecável aconteceu na manhã do dia 21 na gloriosa Epcar – Escola Preparatória de Cadetes do Ar – um dos motores ativos da

Peregrinação a Terra Santa

Marina Lúcia de Cerqueira Marinho Oliveira Em 2012 um povo de Deus Reunido em Barbacena começou a caminhar Rumo a Terra Santa para conhecimentos e

Somos únicos

Sirlene Cristina Aliane   Cada ser humano temUma missão e vive emUm processo de evolução,A individualidade deve ser Preservada em cada um,Sem perder o senso