Marcela da Paz
Sonhadora era uma menina bem bagunceira. O apelido doce não combinava muito com a personalidade daquela menina de cabelos cacheados castanhos e longos e, que geralmente, ficava preso com o rabo em cima e no meio da cabeça. Era sempre assim, principalmente para ir para o colégio.

Com seus oito, nove anos, Sonhadora seguia procurando muitos mundos.
Um dos lugares que ela mais se encantava era com uma roseira em um canteiro cercado de cimento, no meio do terreiro.
Como era muito pequena, ainda criança, a Sonhadora que vivia fazendo arte (bagunça) achava a roseira enorme, um universo de flores.
Sonhadora cresceu, agora ela já sabe que a rosa era pequena e, o terreiro, também era pequenino.
Esta é a vantagem de ser criança sonhadora, imaginar as rosas maiores do que são, assim o caminho da vida fica mais florido e os terreiros de cimento menos dolorosos.
De tanto lembrar da roseira e do tempo que não volta, Sonhadora , já adulta plantou a roseira dentro de si. E, agora, é só regá-la!