Por Bianca Rosa, advogada e escritora, com orientação do professor Doutor Delton Mendes lino, Diretor da Casa da Ciência e da Cultura de Barbacena e Diretor do Instituto Curupira, autor de livros. Site: https://casadacienciaedacultura.com.br/
A mente inquieta se afoga naquilo que está além de seu controle, consumindo-se em elucubrações sobre o ado, em tentativas de manipular o futuro e na busca incessante pela aprovação alheia. Nesse processo insano, o indivíduo se distancia do único domínio que lhe é inerente: o agora. Perde-se em labirintos de ansiedade e angústia, negligenciando o presente, que se esvai como areia entre os dedos.
Friedrich Nietzsche, em sua sabedoria atemporal, legou-nos a máxima de que a vida é intrinsecamente permeada de sofrimento. A dor, seja física ou emocional, é parte inerente da experiência humana. Entretanto, cabe a cada um de nós a árdua, porém recompensadora, tarefa de transmutar essa dor em resiliência, em força motriz. Assim como o crisol transforma o metal bruto em ouro purificado, a dor pode nos lapidar, fortalecer e impulsionar para o crescimento.
Aquilo que escapa às nossas mãos, aquilo que não podemos controlar, jamais deveria alçar voo em nossos pensamentos, roubando-nos a paz e a serenidade. Entregar-se àquilo que nos transcende é um ato de sabedoria. Aceitar a impermanência da vida, a incerteza do futuro e a liberdade do outro é fundamental para viver em paz.
Permitir que o sofrimento nos domine é uma escolha que nos aprisiona em um ciclo de dor e angústia. Libertar-se desse ciclo e transformar a dor em força é o caminho para uma vida mais plena e feliz. A dor faz parte da vida, mas não precisa ser um fardo. Devemos encarar os desafios como oportunidades de crescimento. Para transformar a dor em força, é preciso se conhecer profundamente. Quais são seus valores? Seus sonhos? Seus medos? Ao se conhecer, você pode fazer escolhas mais conscientes e autênticas.
A vida é cheia de obstáculos, mas eles não precisam te definir. Nietzsche acreditava que a vida é regida pela ‘vontade de poder’, a força que nos impulsiona a superar nossos limites e a buscar a autoafirmação. Ele defendia o ‘amor fati’, a aceitação do destino, com tudo de bom e de ruim que ele nos reserva. Nietzsche alertava para o perigo do niilismo, a crença de que a vida não tem sentido. Como você pode encontrar um propósito para sua vida e evitar cair no niilismo?
A vida é um presente, e cabe a cada um de nós a responsabilidade de aproveitá-la ao máximo. Não deixe que a dor te paralise. Use-a como trampolim para o crescimento e para a felicidade. Lembre-se: o futuro é incerto, o ado já foi, e o presente é o único tempo que realmente temos. Viva o agora com intensidade e transforme sua dor em força. Abrace a vida com todas as suas cores, com todas as suas dores e alegrias. E lembre-se: a força que você precisa para superar qualquer obstáculo já reside em você.
Referências Bibliográficas: NIETZSCHE, F. O Crepúsculo dos Ídolos. Tradução de Paulo César de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.
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